Este blog é um espaço interativo que aborda temas relacionados a existência humana como as Artes Visuais, demais linguagens artísticas em geral, também sobre História, Politica, Filosofia, Sociologia.
This blog is an interactive space that addresses topics related to human existence such as Visual Arts, other artistic languages in general, also about History, Politics, Philosophy, Sociology.
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sexta-feira, 26 de outubro de 2018
Policial denuncia o fascismo da corporação
"Quando Bolsonaro vencer a gente vai descer a borracha..."
Sufocados. É esse o sentimento entre os policiais desde 1988, quando a Constituição Federal surgiu e limitou a liberdade de ação da polícia. “Como perderam o poder de fazer o que bem quisessem, sem punição, como acontecia na ditadura, o policial entende que, há 30 anos, vive sufocado por uma ideologia comunista”, conta Alexandre Felix Campos, investigador da Polícia Civil de São Paulo. Mas há esperança para aqueles que defendem a violência: a eleição de Jair Bolsonaro pode trazer os velhos tempos de volta. “Eles acham que com a vitória do Bolsonaro tudo vai voltar a ser como antes – e eles vão se vingar do tempo que passou sufocado”.
Há 23 anos na Polícia Civil, Campos enxerga a cultura da violência e preconceito colada na farda de cada policial. “Culturalmente, a nossa polícia é formada com o viés do jagunço, aquele cara que é formado para ser um cão de guarda de uma elite”, diz. Nem todos pensam assim. Mil policiais fazem parte do grupo “Policiais Antifascismo”, que é apoiado por outros 10 mil membros da Polícia Civil e alguns poucos da PM.
Com pautas progressistas, o grupo defende a desmilitarização da polícia, legalização das drogas e unificação estruturada das polícias civil e militar. O grupo publicou uma nota de repúdio ao candidato do PSL. “Os muitos crimes de ódio realizados por apoiadores do candidato do PSLnão podem ser tratados como casos isolados, mas como frutos do discurso irresponsável e violento do próprio presidenciável. Os danos à segurança e à ordem pública já são muitos e ainda serão sentidos por muito tempo, mesmo após as eleições”, declararam.
Pelo clima dentro das delegacias e batalhões, Campos prevê uma guinada ainda maior da violência nos próximos dias – logo após o fim do segundo turno -, em manifestações e nas ruas, dentro e fora das instituições.
No Rio de Janeiro, grupo Policiais Antifascistas compareceu a atos da campanha #EleNão (Créditos: Guilherme Castellar/Carta Capital)
Da Carta Capital:
Veja abaixo a entrevista completa.
CartaCapital: Como está o clima dentro da polícia com a possibilidade de vitória de Bolsonaro?
Alexandre Felix Campos: Dentro das polícias existe uma cultura enraizada muito forte de preconceitos gerais. O policial acredita que o bandido é aquele menino preto que mora na periferia, com aquele corte de cabelo tal, que para ele é o estereótipo do bandido.
Nos últimos 30 anos, desde a Constituição de 1988, a polícia foi obrigada a parar de agir como agia na ditadura. A polícia podia pegar qualquer pessoa a qualquer momento e levar para a delegacia ou para o Batalhão. E ali torturavam, humilhavam, sem qualquer consequência. Com a Constituição, a polícia precisou se tornar mais humanista – ainda que não tenha chegado nem perto do ideal.
Como perdeu o poder de fazer o que bem quisesse, o policial entende que, há 30 anos, vive sufocado por uma ideologia comunista. Acredita que desde 1988 vivemos sob o domínio comunista de esquerda. E ele materializa isso nos movimentos que se lançam às ruas e que, de certa forma, chocam. Ele entende assim: é chamado para uma manifestação onde está o cara da USP, gritando, xingando, fumando maconha. E ele não pode nem dar um tapa no cara. Ele entende que com a vitória do Bolsonaro tudo vai voltar a ser como antes – vai poder se vingar do tempo que passou sufocado. Hoje, o que mais escuto no meu dia a dia: Bolsonaro vai ganhar e vai acabar isso.
CC: Em quais situações?
AFC: Vou dar um exemplo. Ontem eu estava no plantão policial na Zona Leste de São Paulo e chegou um casal de gays, com maquiagem no rosto. Foram lá porque sofreram golpe de um banco, pegaram o cartão de um deles e praticaram fraudes. Foram só fazer boletim de ocorrência. Eles chegaram, se apresentaram e a primeira coisa que o colega policial disse foi: “quando o ‘mito’ ganhar essa putaria vai acabar”.
Não há nenhum tipo de justificativa plausível para esse ódio. Até porque os garotos foram extremamente educados, em momento algum fizeram qualquer tipo de agressões a nós. Quando buscam a polícia, as pessoas buscam o Estado. E com atitudes como essa a gente só reforça a ausência do Estado.
Não escuto os policiais dizerem “poxa, agora vamos poder buscar o traficante x”, “vamos combater o narcotráfico”, “vamos combater os grandes ladrões de bancos”, ”os grandes estelionatários”. Não, o policial só fala que não vê a hora de poder descer a mão no maconheiro da USP e no viado. É isso que, infelizmente, acontece.
Vivemos um momento que, para mim, tem sido extremamente complicado, porque todo dia escuto alguma coisa do tipo “quando Bolsonaro ganhar a gente vai descer a borracha nesses viados” ou “agora quero ver maconheiro da USP folgar com a gente”.
Tudo isso está enraizado. Veja, por exemplo, a morte da Priscila no Largo do Arouche. Algumas pessoas que estavam lá viram os caras que bateram nela. Como estou na militância, me ligaram para avisar que haviam visto os agressores, que estavam sempre por ali. Fui até a delegacia e tentei conversar com o delegado para ouvir essas pessoas. O delegado simplesmente se recusou a ouvir essas pessoas. E ainda me ameaçou, de forma velada, que se eu continuasse ali eu seria preso por advocacia administrativa (quando um funcionário público usa seu cargo para patrocinar, direta ou indiretamente, interesses privados perante a administração pública).
CC: Se Bolsonaro vencer as eleições, você acredita que comportamentos assim se tornarão o padrão?
AFC: Não tenho a menor dúvida. E vou além: mesmo se o Haddad for eleito, a reação do fascismo que já está na nossa sociedade será bastante violenta. E, infelizmente, as polícias, que existem só para garantir direitos, não cumprem esse papel.
As pessoas já estão espancando gays, lésbicas, trans nas ruas e gritando que o fazem em nome de um candidato à Presidente da República. E os policiais batem palmas, do tipo “ah legal, agora vocês vão se foder mesmo”. Então, infelizmente, esse é o clima que vejo. E deve haver um endurecimento nos próximos dias. Não é algo nem para o próximo ano.
CC: Como assim? Você acha que a polícia pode começar a ser mais violenta em manifestações logo depois do fim das eleições?
AFC: Eu acredito que sim. Inclusive tenho conversado com todos os movimentos, grupos com os quais tenho contato, para se preparem para isso. Estive com dois grupos de advogados que quiseram acompanhar casos como esses da Priscila. A gente precisa estar preparado e, infelizmente, o prognóstico não é nada bom.
CC: E quais as orientações? Como se preparar?
AFC: Acredito que primeiro precisamos conversar com as pessoas, diminuir ruídos de comunicação. Grupos de WhatsApp têm vários problemas: as informações chegam desencontradas, por exemplo. Até pode ser pelo WhatsApp, mas algumas informações devem ser feitas só de ponto a ponto, não em grupos.
Ainda que seja numa lista de transmissão. Se for em grupos, a comunicação se perde. E ainda corre o risco de ter pessoas infiltradas. Nem falo de pessoas da inteligência, nem nada, é só um bobão que entra lá para atrapalhar a comunicação mesmo.
Precisamos criar espaços de proteção a quem corre risco. Aqui em São Paulo, a gente conseguiu o Al Janiah (bar e restaurante no bairro da Bela Vista), que já cedeu o espaço para acolher vítimas de agressão. Precisamos de mais lugares assim para comunicar o que está acontecendo.
CC: Esses espaços não podem virar alvos também?
AFC: Acho que não. Uma característica típica da ação fascista, da ação violenta, é a covardia. Então, eles atacam apenas quando estão 100% seguros de que têm uma supremacia de força. Esses locais, como o Al Janiah, acabam se tornando locais de resistência, não se fragilizam porque o fascista não vai entrar lá sem saber quantas pessoas têm. Também falei no sábado passado [quando aconteceram manifestações pró-Haddad] para as pessoas andarem em grupos e evitarem bandeiras e camisetas fora do ato, no percurso até o local.
CC: Esses cuidados todos já indicam que estamos com um pé na ditadura?
AFC: Sim... Quando você perde a liberdade, quando tem medo de sair à rua vestindo tal roupa, quando tem medo de expressar a sua preferência política, quando fica com medo de falar sobre a sua orientação sexual... ou até de andar perto do outro por “darem pinta de gays”. Quando vive numa tensão dessas, você já perdeu a sua liberdade, já estamos numa ditadura.
CC: Ficou surpreso com essa onda fascista?
AFC: Para ser sincero, não. Sou policial há 23 anos, é com esse lado das pessoas que eu lido todos os dias. Dentro da instituição, essa veia fascista é a dominante.
Os dados da pesquisa Ibope sobre a capital paulista são aquele "fato novo" que chacoalha uma eleição; a bomba que pode mudar tudo rapidamente, o "ponto de ruptura". Como elemento estratégico, simbólico e psicológico é muito potente. Haddad assumiu a liderança, com 51% a 49%. Posso garantir a você, amigo e amiga, que a diferença nesta quarta (24) é ainda maior -o Ibope ouviu eleitores em São Paulo entre sábado e terça (20 a 23). Nesta quarta, Haddad continuou crescendo e Bolsonaro caindo.
É um salto grande em menos de uma semana. Na rodada anterior do Ibope, entre segunda-feira e quarta-feira da semana passada (15 a 17), Haddad perdia para Bolsonaro na capital paulista por 47% a 53%. Haddad ganhou quatro pontos e Bolsonaro perdeu quatro -em menos de uma semana. Você pode ver os relatórios das pesquisas da semana passada (aqui) e desta semana (aqui). O que está acontecendo em São Paulo é um terremoto eleitoral. No primeiro turno, Haddad perdeu para Bolsonaro na capital paulista por 44% a 19%.
Recuemos no tempo. Em 2014, Dilma perdeu para Aécio por 63% a 36%. E Haddad pedeu a Prefeitura em 2016 no primeiro turno para Doria, que teve 53% dos votos, enquanto o então prefeito obteve apenas 16%.
Sim, é disso que se trata: a São Paulo conservadora, a São Paulo da derrota fragorosa de Haddad em 2016, a São Paulo bastião das elites, a São Paulo dos coxinhas e das camisas amarelas na Paulista está se tingindo de vermelho (ou vermelho, verde, amarelo e azul, as cores da campanha no segundo turno).
É como a queda do mais importante bastião de um exército numa guerra. Algo como a vitória do povo do Vietnam contra o exército de ocupação francês em na batalha de Dien Bien Phu, em 1954.
Romper com a hegemonia da direita em São Paulo muda o equilíbrio da disputa em todo o país. São Paulo é a maior capital nordestina do Brasil -o que reforça muito a vantagem de Haddad no Nordeste. São Paulo é a referência de metrópole, é a "meca" capitalista, é onde está mais arraigada a arrogância de uma elite escravocrata e voraz. Virar em São Paulo é quebrar a arrogância contra a pedra da resiliência dos mais pobres.
E, sobretudo, é derrotar duas vezes os fascistas. O fascista militar e o fascista playboy.
An investigative story published by the newspaper Folha de S. Paulo today proves that companies are paying for WhatsApp bulk messaging services to spread fake news and attack ads against the Workers’ Party (PT). According to the article, companies are planning a big operation for the week before the runoff election in Brazil, which will be held on Oct. 28.
The companies are supporting the far-right candidate Jair Bolsonaro and using lists of mobile contacts sold by digital strategy agencies and also the presidential hopeful’s own database. The law, however, only allows candidates to use their own lists of contacts provided voluntarily by individuals.
To send hundreds of millions of messages, contracts are worth as high as R$12 million (more than US$3.2 million). One of the companies hiring these services is Havan, owned by Luciano Hang, who has reportedly been forcing his employees to vote for Jair Bolsonaro. Hiring this kind of services can be considered illegal campaign contributions from corporations if they are proven to have links with the Social Liberal Party candidate.
João Meira, who holds a master’s degree in Political Law, explains that the elections could be annulled due to illegal campaign practices and abuse of economic power.
Meira argues that, with a fierce WhatsApp campaign and the “industry of lies” established around it, it is virtually impossible to control what kind of content is shared and, if the accusations are proven true, “the fraud completely taints the election process.” “If Bolsonaro and his campaign are proven to be associated with the actions of those groups of people who committed unlawful acts, even if he is elected, he can be impeached and be ineligible to run for eight years,” the expert says.
While some of the agencies reported to be sending mass WhatsApp messages include Quickmobile, Yacows, Croc Services, and SMS Market, Bolsonaro’s financial disclosures only include the company AM4 Brasil Inteligência Digital, which was paid R$115,000 (nearly US$31,000) to provide digital media services.
According to Folha, the services are between R$0.08 and R$0.12 (US$0.02-0.03) per message sent to contact numbers from the candidate’s own list and R$0.30 to R$0.40 (US$0.08-0.11) per message when the list of contacts is provided by the agency. The agencies also offer segmentation by region and even income.
Strategies
Folha reported that one of the strategies used by Bolsonaro’s campaign is automatically generating foreign phone numbers through websites such as TextNow. The article also mentions that the contact databases are often provided illegally by debt collection companies or employees who work at phone companies.
Using international calling codes, the administrators can dodge spam filters and restrictions imposed by WhatsApp, such as the limit of 256 members in a group or automatically sharing a message to no more than 20 people or groups.
The Workers’ Party candidate, Fernando Haddad, has been the primary target of fake news shared through WhatsApp in the 2018 elections. The presidential hopeful said he will file complaints against the accused companies, arguing the episode shows, once again, that Bolsonaro does not respect democracy.
“We are going to ask the electoral court and the Federal Police to immediately arrest these corrupt businesspeople in order to stop [them from sending] these WhatsApp messages. They have names of owners, names of companies, contracts, the amount of slush funds – which is an election offense. He [Bolsonaro] is dodging [the presidential] debates, but he cannot dodge justice,” Haddad said.
The Workers’ Party released a statement calling the Federal Police to investigate “Bolsonaro’s criminal activities.”
“It’s a consorted action to influence the electoral process that the electoral courts cannot overlook or leave unpunished. We are taking all legal measures so that he is held accountable for his crimes, including using slush funds, because the millions spent on the industry of lies are not included in his financial disclosures,” the statement reads.
“Congressman Jair Bolsonaro’s criminal methods cannot be tolerated in a democracy. The Brazilian authorities have a duty to make sure the election process runs smoothly. Social media companies cannot just passively watch their services being used to spread lies and offenses and become accomplices in the manipulation of millions of users,” the party wrote.
Havan did not immediately respond to a request for comment.
Não tenho publicado ha alguns dias, nao saberia dizer quantos, talvez pela atual conjuntura politica que por vezes desmotiva diante da onda nazifascista que tem ganhado tamanha proporção a ponto de ameaçar a democracia com a possibilidade de um nazifascista declarado ganhar a eleição no Brasil..
Postarei a fala de Mino Carta sobre sua amizade com o ex-presidente Lula, e o que considero sensatas sobre a fala de Haddad quando perguntado pelo jornalista do SBT, para o provocar, como assim conta a passagem Bíblica em que Pedro é indagado se era próximo ou amigo de Cristo e ele o nega por três vezes, temendo ser preso. Assim mesmo agiu Haddad, enalteceu a atuação de Moro, apesar de dizer que a sentença que condenou o ex-presidente Lula nao apresenta provas e afirmar que o condena por atos indeterminados.
Ora, Mino expressa sua revolta diante da injusta condenação e prisão do ex-presidente Lula, devido a trama maquiavélica/goebbeliana adotada que se desenvolve via humilhação, desonra, perseguição e destruição da imagem do maior estadista de nossa história recente por um juizeco de primeira instancia, um ser abjeto e inexpressivo que serve aos interesses dos EUA, que jamais fez algo de bom para o brasileiro, que recebe auxilio moradia ilegalmente, que é um criminoso ao divulgar escuta ilegal à mídia golpista, mas que aniquila a vida do cidadão Luis Inacio Lula da Silva e sua familia e nada acontece!!