Este blog é um espaço interativo que aborda temas relacionados a existência humana como as Artes Visuais, demais linguagens artísticas em geral, também sobre História, Politica, Filosofia, Sociologia. This blog is an interactive space that addresses topics related to human existence such as Visual Arts, other artistic languages ​​in general, also about History, Politics, Philosophy, Sociology.

domingo, 3 de janeiro de 2016


O fundamentalismo religioso na arte fílmica


Vivemos numa era em que se afloram os extremismos e os fundamentalismos de natureza diversa e por vezes incompreendidas em face do terror que provoca. Entretanto, os que mais se notabilizam são os de cunho religioso e politico devido aos acontecimentos que apontam as atrocidades cometidas por grupos que interpretam os escritos do Alcorão a partir das conveniências estabelecidas como lei suprema as demais, e não obstante por convicções religiosas e politicas no mundo em que se alternam os conflitos que podem descambar numa guerra mundial sem precedentes, a exemplo do chamado Estado Islâmico que atua geograficamente na Oriente Médio em regiões entre o Iraque, Turkia, Siria e que, conta inegavelmente, tem o apoio de forças ocidentais, a exemplo dos EUA e países europeus que pretendem derrubar o atual governo da Síria e em contraponto as investidas ocidentais,  a Russia  cuja intervenção recente está a provocar derrotas sucessivas aos fundamentalistas e aos opositores do governo Assad. 
Ouve-se noticias de que os fanáticos fundamentalistas estão a destruir sítios e monumentos artísticos arquitetônicos em Palmira, considerados patrimônios da humanidade. Porem a atuação fundamentalista islâmico atual não difere das que ocorreram no passado, especificamente das que tiveram com base a doutrina cristã e seus seguidores.
O filme Ágora é um filme épico, que nos presenteia com exemplo notável sobre um período da historia da humanidade entre os seculos IV e V, e que foi deletério para o desenvolvimento do conhecimento humano com ocorrência desastrosas de destruição de templos e de obras de artes e de retrocessos lastimáveis para as ciências em geral, haja vista que muito do que foi produzido pelos estudiosos muito pouco foi preservado.
O filme retrata ainda que de forma bastante reduzida o papel do sexo feminino na vida social e acadêmica na cidade de Alexandria, um dos berços da civilização antiga, cujo nome é referencia no que tange a luta pela igualdade direitos no mundo. A personagem principal é  Hipátia, que atuou como filosofa, matemática e astrônoma num espaço urbano e arquitetônico urbano idealizado politicamente que favoreceu e muito para o desenvolvimento crucial para o conhecimento humano, haja vista que estava a altura do conhecimento da época, dotado de uma biblioteca ampla e espetacular, tida como referencia para outras civilizações e que possibilitava estudos avançados sobre os diversos ramos das ciências.
Naquela época havia um enfoque especial para as artes, legado dos povos egípcios, sumérios, gregos e romanos, cujo retrocesso em algumas áreas de sua produção se deu com a legalização e a oficialização da religião cristã no inicio do seculo IV (313) pelo imperador Constantino, em particular com a proibição da produção de imagens ou o embate entre os membros da alta cúpula da recém criada Igreja Católica, essas personalidades foram preponderantes para a iconoclastia (proibição) e a iconofilia (permissão), dois termos empregados para definir o que era permitido e o que era proibido em termos de elaboração, criação das artes visuais, que abrange as diversas imagens, esculturas de personagens não somente da escritura sagrada, a Bíblia, que poderiam ornamentar e compor a arquitetura religiosa, mas também as de caráter civil particular, e que foi retomado com o Renascimento/Humanismo a partir do seculo XV.
A arte é portanto, um meio para a compreensão da nossa história, mesmo que de maneira restritiva em função de se dispor  de pouquíssimos registros documental daquele momento, mas que permite uma abordagem contextualizada, cuja analise se faz pertinente e que é possível uma analise comparativa e análoga de parte da historia com os atuais fenômenos contemporâneos, sem que nos deixar levar por uma visão estreita e limitada sobre os diversos temas que permeiam a existência humana.
   
https://www.youtube.com/watch?v=70wpAkPyH9o

Ver mais sobre a história de Hipátia in:
https://josetadeuarantes.wordpress.com/2012/04/03/hipatia-de-alexandria-uma-santa-paga/
https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2015/02/14/intolerancia-religiosa-x-biblioteca-de-alexandria/


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