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sábado, 8 de outubro de 2016



Nada me faria pensar que eu deveria ser destruído. Morto seria então a gloria, mas que gloria?


  Escultura: A gloria do homem que carrega sua cruz para a morte - 
Autoria: Manoelito Carneiro  


Morto por quem e como? Quem seria o assassino de vidas, da minha vida e de muitas outras, que teria a coragem de dizer - posso te destruir, porque sou a lei, eu sou a justiça, eu decido e tu tens que obedecer, 
Obedecer a quem? A justiça!
Veja, que se criou dois espectros que forjam-se numa forma de legitimar um ato criminoso, ou seja, é ilegal e imoral e rompe drasticamente  com os direitos civis e as garantias conquistadas com muita luta. 
Desde as grandes tragédias humanas que que nos deparamos com os déspotas do passado, responsáveis por destruir milhões de vidas, ainda hoje é assim. Mas “é preciso estar atentos e fortes, não temos tempo pra temer a morte”  já diz a letra de uma bela musica!

Ora, se um servidor publico, por razões diversas se propõe a tentar destruir vidas, mesmo que  essas pessoas tenham cometidos crimes, que seja impedido e punido pelo dolo que comete em nome de uma suposta justiça. Será necessário que se encontre uma maneira de faze-lo parar, exigir e requerer reparação pelo dano causado a imagem e a reputação de pessoas vitimas deles, pois que, ao expô-las à execração publica sem a condenação comprobatória, vê-se que há uma clara deturpação do direito e a dignidade à vida humana. 

É claro que  que ha pessoas que devem sofrer punição, mas que sejam investigadas e provado o dolo. Não é mais aceitável que se use provas obtidas por meio da tortura, e mais ainda se for inocente, ou se tentar a confissão ou delação como único meio de obtenção delas. 
Afinal retrocedemos a idade media?
Então, que volvemos a idade media. Nesse período, mesmo com as ordenações e escritos ou conhecidos alguns códigos ou leis que regulavam a sociedade, a lei da força, imperava e fazia parte das relações sociais como ainda hoje é assim em algumas sociedades que se dizem civilizadas.

Neste momentos conturbados da politica e da justiça, estejamos certos, que algumas pessoas farão o possível para que a história se repita eles causem mais males que  anteriormente, afinal estão movidos pela ganancia e pelo poder de todas as espécies e categorias e  não se furtarão em agir pela força e pela violência para conseguir o seu objetivo em detrimento das demandas sociais que precisam ser enfrentadas e solucionadas.
Então, os canalhas recorrem a lei e ao poder judiciário para legitimar a suposta justiça, poder este, repleto de magistrados corruptos, amparados pela força policial que sufoca as manifestações e executam a ordem que fora decidida pelos ditadores togados. 

É notório que alguns juízes estão a destruir vidas, decerto que alguns investigados não são seres exemplares, mas são seres humanos, e se se trata de vidas que se busque a punição dentro da lei e da Constituição, mesmo porque o nosso planeta não é habitado por seres angelicais! 
Entretanto, quando há uma teoria, ideologia politica e econômica, ou uma literatura que fundamente ao julgador romper com as normas e a regras processuais e penais, e se assim procede, retorna-se à barbárie que pode ser vista como necessária e excepcional! 
Se se recorre ao discurso hipócrita, busca-se homogeniza-lo e convencer a sociedade, e principalmente os alinhados, sobre os propósitos ideológicos que foram costurados no exterior e confirmado agora que o objetivo foi e sempre será: usurpar a riqueza nacional, com a falacia  de que se estão a cumprir a lei, que lei?

E voltando para a questão da cruz que se carrega para a morte, que ela venha, mas pela velhice natural, como algo normal no decorrer da existência e não porque alguém a antecipe seja lá por qual motivo for. Pode um ser humano que também tem muitos defeitos se achar legitimado a destruir vidas e antecipar a morte de outrem? 

Jesus Cristo interrompeu uma punição que um grupo de homens infligia a uma mulher, e passou a escrever algumas palavras na areia, fitou os que queriam matar a suposta adultera, e perguntou: quem de vocês tem a coragem de atirar a primeira pedra? Os algozes que leram as palavras escritas, olharam-se uns aos outros e saíram um a um sem murmurar sequer uma palavra. 
Essa passagem, demonstra que o um dos preceitos cristãos é que  se oportunize o arrependimento,  e neste particular e mesmo diante da certeza do dolo, a função da justiça é punir quando for necessario, mas também tem caráter pedagógico, para que as pessoas sofram e possa  se corrigir e se desviar das praticas delitivas. Vale pontuar que é necessario que a punição seja também de haver o ressarcimento, no caso de desvios de recursos a empresa ou o estado, mas sem a intencionalidade de destruir a vida daquele ser que cometera o crime/dolo. 
O direito preconiza que a pena deve ser monitorada e acompanhada, para que esse ser seja realmente convencido que a pena que lhe fora imposta e merecida e assim resignar-se e suportar o peso de sua cruz ou o castigo imposto pela força da lei. 

Mesmo sabendo que a morte virá, mas que não seja antecipada pelas mãos de decisões de algozes justiceiros implacáveis que se valem da função ou do cargo de servidores do Estado para atuarem de maneira tendenciosa, seletiva, autoritária, arbitraria e criminosa!

E o que se dizer de um ser que revestido de justiça, que viola todos os direitos, não observa a presunção de inocência e tantas outras garantias, será que tem mesmo legitimidade ética para poder julgar, já que infringe a lei e comete crimes, talvez muito mais graves?

E de outro lado, o que esperar de um ser que tem sua imagem e de seus familiares expostas na mida em geral, que é  coagido, perseguido, preso sem as devidas provas, pode resignar-se, conformar-se? 
Há de se questionar o quê mesmo que está acontecendo no Brasil, nesses momentos em que  a farsa se sobrepõe a verdade, até quando? 

Sabe-se que momentos de perigo o instinto de preservação do ser  é acionado, mas no caso em pauta, o ser fica impotente, e nisto se percebe o quão é a tamanha covardia dos algozes!
Todavia, ainda se houve dizer que se vive numa era de civilidade e normalidade social e politica!

O sonho de todos é que se carregue sua pesada cruz, que é a vida, que é o corpo animado e que se chegue ao final dela, e que apesar dos percalços existenciais, que se siga o trajeto e o curso normal, e que cada vez mais ela fique leve, que envelheça e morra de modo natural, mas que jamais lhe seja tirado esse direito, ainda mais se for da parte de um ser comprovadamente criminoso, mesmo por quem se defina como superior por ocupar qualquer posição social privilegiada, este deve ser alertado de que também pode ser ferido com o mesmo ferro que tentar ferir! 
Este é a mais um preceito cristão, e que vale para todos indistintamente, pois que é preciso coibir que os supostos fortes continuem a massacrar os fracos, ou seja, é a lei do talião que deve ser revisitada numa era tida como civilizada! 


Manuell Carneiro


  

       


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