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domingo, 12 de junho de 2016



Laurez Cerqueira

    LAUREZ CERQUEIRA

    Sua piscina está cheia de ratos





    O Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal estão numa posição, em ralação ao golpe, no Senado, que empossou Michel Temer, muito semelhante à que mantiveram em relação a Eduardo Cunha, no momento em que era articulado, na Câmara dos Deputados, o afastamento da presidenta Dilma.
    O Procurador-Geral, Rodrigo Janot, tornou-se o juiz Sérgio Moro do planalto, está se comportando como se fosse um office boy da Casa Grande.
    Rodrigo Janot e o STF estão diante de um governo que é um verdadeiro esgoto a céu aberto, tomado por mais de uma dezena de ministros corruptos e nada acontece com eles.
    Presenciam um golpe dado à luz do dia por um esquema de corruptos liderado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para tentar barrar as investigações, como ficou claro nas gravações de Sérgio Machado.
    O Brasil está exposto a num vexame internacional, enxergado com indignação e perplexidade por brasileiros e pelo mundo afora, sem que o Ministério Público e o STF encare a horda de bandidos e os afaste da vida pública.
    Seguramente essa situação seria impensável em nações de democracia e cidadania consolidadas, como Estados Unidos e países da Europa. Seguramente todos os investigados teriam sido afastados da vida pública.
    Mas Janot, até o momento, parece só enxergar Lula. Tratou de pedir ao Ministro Teori Zavatski para enviar ao juiz Sérgio Moro o processo que trata da delação premiada de Delcídio Amaral, no qual Lula é citado irresponsavelmente pelo ex-senador, como se a citação de um malandro contra o ex-presidente fosse mais importante do que a dezena de ministros do governo provisório que na cara dura faz o Brasil refém do crime organizado.
    Curioso, é que Moro gravou ilegalmente conversa que o ex-presidente teve com a presidenta Dilma, vasada posteriormente para a Rede Globo, dias antes da votação do impeachment na Câmara.
    Num país de judiciário decente, Sérgio Moro teria ido em cana. Aqui ele é protegido, talvez por se tratar de um magistrado perseguidor da esquerda. Aliás, o Conselho Nacional de Justiça mandou arquivar cinco pedidos de investigação de desvios de conduta dele.
    O problema é que ao escarafunchar o pântano da corrupção a Procuradoria-Geral da República e o STF deram em veios que levaram à cúpula do PMDB, com probabilidade muito grande de chegar a Michel Temer e aos ministros que fazem parte do núcleo de sustentação do governo provisório.
    Do outro lado da avenida, no Congresso Nacional, luzes vermelhas piscam ao lado de Eduardo Cunha e de Renan Calheiros. Ou seja o governo está erguido sobre bases podres. Pode ser implodido a qualquer momento. Se chegarem em Michel Temer o governo desaba.
    Ao escarafunchar, chegaram também à cúpula do PSDB e a Aécio Neves, um dos homens do golpe, que parece estar sendo protegido, nas investigações, por um certo véu amarelo das instituições judiciárias e dos órgãos auxiliares (MPF/PF), enquanto ele serve como conspirador.
    Porém, a gravidade das denúncias contra ele colocaram o judiciário numa saia justa que não dá mais para segurar. Aécio, que tinha microfones e câmeras a disposição, a qualquer momento, desapareceu dos holofotes.


    A vida do ex-presidente Lula já foi virada ao avesso e não encontraram nada. Mas, como a articulação é para barrar a possível candidatura dele `a Presidência da República, o novo panorama que se descortinou nas investigações parece não interessar ao Ministério Público nem ao STF.

    http://www.brasil247.com/pt/colunistas/laurezcerqueira/237719/Sua-piscina-est%C3%A1-cheia-de-ratos.htm

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