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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015



E a oposição atravessou o Rubicão (e chafurdou na lama)




 Rafael Carlota/PR: <p>Paris - França, 30/11/2015. Presidenta Dilma Rousseff participa da Mission Innovation Launch Event durante 21º Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima – COP21. Foto: Rafael Carlota/PR</p>

Alea jacta est, é o que parece nos dizer os canalhas e os golpistas da oposição, à maneira de um Júlio César corrompido/tresloucado, ao propugnar, sem mérito ou justa causa, o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O problema a se deplorar é que os canalhas e os golpistas jogam não com a própria sorte, mas com a sorte dos brasileiros, que estavam, há muito, abandonados à própria sorte pelas subelites reacionárias, mas já vislumbravam, no curto prazo, um distensionamento na crise política e o começo de uma melhoria na crise econômica.
E logo agora esse golpe?! Azar da população mais carente.
Olhe, você pode até não gostar da presidente, pessoalmente, ou de seu governo. É um direito seu. O país está passando por um período de crise econômica bastante complicada; estamos tendo problema de desemprego e inflação etc.
Ou seja, a situação não tá fácil pra ninguém.
Mas daí você querer apear do poder, por intermédio de um golpe, uma presidente legitimamente eleita vai uma distância enorme.
Aí não pode. Aí já é uma ilegalidade. Aí já é uma temeridade.
Mas é de estarrecer como existe um grupo de indivíduos na sociedade, minoritário decerto (ainda bem), que parece gozar com a ilegalidade e dela jactar-se – ou com ela amaziar-se.
São uns “imorais”.
Senão vejamos a nossa História recente.
Primeiro, derrubaram o Jango, no golpe militar de 1964. Depois, décadas mais tarde, tentaram, a todo custo, impedir a redemocratização do país.
Depois da quase ruína do país, imposta pela era FHC, e após a histórica eleição do primeiro presidente operário do país – isso já é História – tentaram impedir o Lula de concorrer a um segundo mandato.
E agora, da mesma maneira, a História se repete como farsa. Agora com Dilma Rousseff, a primeira mulher eleita presidente da República no Brasil. Querem impedir a Dilma de concluir o seu mandato constitucional.
É o vício do golpe que torna o caminho torto.
Tem uma “turminha” aí, baixo astral, que se esmera em escrever, por linhas tortas, uma outra e porca história.
Outra coisa, um pequeno detalhe, cá entre nós: esses canalhas golpistas não enganam ninguém; estão querendo tirar a Dilma exatamente pelo fato dela estar empenhada em acabar com a corrupção neste país.
Mas... os canalhas têm método.
Canalhas são metódicos, inescrupulosos, maquiavélicos.
Talvez o maior “erro” da presidente Dilma tenha sido o de meter o bedelho nessa verdadeira casa de marimbondos que é o cartel da corrupção no Brasil.
Alguns maus parlamentares (a maioria), alguns maus empresários (a minoria), e alguns maus cidadãos, também, estão, há muito, [mal] “habituados”, ou viciados, com propinas e corrupção.
E a falta de propina, tal qual ocorre a um adicto, deixa o indivíduo viciado, como registra a literatura médica, inicialmente, numa espécie de torpor, que é logo seguido de fraqueza, sudorese intensa e tremedeira. Mais tarde, se o indivíduo não conseguir sua dose diária de corrupção, torna-se agressivo e é capaz até de matar para ter acesso à sua dose diária e assim saciar a sua necessidade.
Enfim, existem brasileiros viciados em propinas, em golpes políticos e nas mais diversas ilegalidades e iniquidades.
Acham-se no direito de implantar no país uma espécie de “império do golpismo”.
Mas o Brasil é muito maior, e mais virtuoso, que essa gente.
O Brasil é muito maior que esses pobres, ordinários e infames viciados

LULA MIRANDA
Poeta, cronista e economista. Publica artigos em veículos da chamada imprensa alternativa, tais como Carta Maior, Caros Amigos, Observatório da Imprensa e Fazendo Média

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