ALMIR BORGES BARROS
Autorretrato
Técnica: oleo s/ tela
Dimensão: 45x50
S/ data.
Almir Borges Barros nasceu
em 1932 na antiga vila de Santa Luzia, que em 1936, foi elevada a município e
passou a se chamar Santa Luzia e atualmente Santa Luz. Filho de Hildebrando
Borges Barros e Militina Pereira de Barros e neto da primeira professora da
cidade a Sra. Tarcilina Lucilia da Conceição Borges de Barros.
Em 1969 casou-se com a Sra.
Regina Maria de Vasconcelos Barros e teve quatro filhos. O artista faleceu em
20 de abril de 1979 na cidade natal, vitima de enfarte do miocárdio.
O artista
antes de se dedicar a atividade de pintura exerceu a profissão de sapateiro e
também se dedicou a música, integrou o grupo da Filarmônica do Lyra Clube onde
tocava instrumentos de sopro como flauta, clarinete e sax. Na primeira metade
da década de 1960, trabalhou na Indústria Klabin Irmãos & CIA, na cidade do
Rio de Janeiro, onde exerceu a função de Desenhista. Cogita-se, que nesse período Almir Barros
tenha frequentado algum curso voltado para o desenho e a pintura.
Almir
Barros era pintor autodidata e participou de várias exposições na cidade de
Salvador em grande parte com o apoio do Marchand Ekner Cardoso, proprietário da
galeria Le Dome, na Biblioteca Central dos Barris e no antigo Hotel da Bahia.
Produziu centenas de obras que estão em poder de particulares.
Almir
Barros com sua arte transitou por quase todos os gêneros da pintura e
representou os temas relacionados aos aspectos sociais e culturais, religioso
bem como a vida social e cotidiana das pessoas e lugares reais e idealizados
com ênfase nos costumes e tradições do sertão baiano e nordestino.
Titulo: Anunciação. Técnica: oleo s/ tela. dimensão 65x85. data 1970
Titulo: Fazenda Bebedouro. Técnica: oleo s/ tela. Dimensão: 95x75. S/data.
O ESTILO E A ESTÉTICA
NA OBRA DO ARTISTA ALMIR BARROS
A diversidade de gêneros e
os temas abordados no conjunto de sua obra demonstram que o artista possuía uma
sensibilidade aguçada que é percebida e captada nas cenas do cotidiano da
sociedade luzense, nas paisagens e locais específicos, bem como nas passagens
bíblicas, também nos retratos de pessoas influentes da cidade de Santa Luz e de
Salvador, quer fossem por encomenda ou através da inspiração captada na relação
do artista com o contato direto testemunhal que representa os problemas e os
assuntos relacionados ao cotidiano existencial das pessoas da cidade e do campo,
ou seja, são pinturas que retratam os momentos e as condições em que viviam, a
exemplo da lida na roça, os festejos juninos, dentre outras cenas.
A estética da obra de Almir
Barros pode ser considerada naturalista, pois representa as paisagens rurais e
urbanas em que as figuras humanas e os animais integram-se na composição, cuja
leitura iconográfica remete necessariamente a contextualização geográfica,
histórica, social e cultural.
O artista com frequência
recorre à solução da idealização dos personagens com exceção dos retratos e
autorretrato, pois não há relato de que recorria à modelo vivo, e esse método
foi e ainda é largamente utilizado por muitos pintores. Por outro lado, percebe-se
que, mesmo sendo autodidata, retratou fidedignamente algumas personalidades da
sociedade luzense.
Manoelito Carneiro das Neves
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